10
set
Disseste-me a palavra, e eu
Disseste-me a palavra, e eu
corri, na noite
por entre as ervas, e ao som
daquela palavra estava só, ao pé de ti
sem noites, ou ervas por onde correr,
por onde afagar a minha ansiedade
no orvalho das teias,
por onde aprender a respirar, sem o músculo
da garganta, no meu olhar
suspenso, pela falta de medula nas pernas
e o cálcio tão mastigado na boca.
Agora. Se eu corri por entre as ervas,
ao ponto do vento limpar o meu rosto,
soltar o meu cabelo. Foi
porque não podia correr em ti,
a palavra, a cada pedaço
de luz na tua pele aberta, a sua
contida descoberta
pela comoção do orvalho.
Em si resta de palpitações,
por si terna de contradições,
de ti na palavra que ouvi.
por Nuno A.
corri, na noite
por entre as ervas, e ao som
daquela palavra estava só, ao pé de ti
sem noites, ou ervas por onde correr,
por onde afagar a minha ansiedade
no orvalho das teias,
por onde aprender a respirar, sem o músculo
da garganta, no meu olhar
suspenso, pela falta de medula nas pernas
e o cálcio tão mastigado na boca.
Agora. Se eu corri por entre as ervas,
ao ponto do vento limpar o meu rosto,
soltar o meu cabelo. Foi
porque não podia correr em ti,
a palavra, a cada pedaço
de luz na tua pele aberta, a sua
contida descoberta
pela comoção do orvalho.
Em si resta de palpitações,
por si terna de contradições,
de ti na palavra que ouvi.
por Nuno A.
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at quarta-feira, setembro 10, 2008
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