o meu lado lunar  

Posted by rogério in

− […] é verdade... eu não quero ser mencionada.. lol
− lolololololololl nesse caso arranja um pseudónimo.
− ah não... arranja outra maneira... a sério...
− óóó assim não tem piada
− tem, tem. eu não estou preparada para me expor dessa maneira...
− lololollllll ninguém está, por isso é que existem pseudónimos hehe
− hummmm.. naaão... nem com pseudónimo...
− eu na verdade não me chamo Rogério
− chamas, chamas.
− haha isso é o que tu pensas
− ahahh
− humm ok eu não coloco nada que permita a um detective privado chegar até ti. mas podes ter a certeza que me vou divertir um bocado por causa disso.
− é… vê lá :p
− não te preocupes. eu mando-te primeiro um rascunho antes de te colocar à mercê dos lobos.

. cá fica então o deambular entre mim e ophoebus quo meum cras” (sim é latin, é só traduzir para saber quem é :D)


o meu lado lunar


o nosso lado sombrio, o que menos gostamos em nós e que muitas vezes se manifesta naqueles que mais gostamos. algo como o transpor para os outros, os nossos temores e o carácter que fazemos por manter silencioso. e que quando, de alguma maneira, o mostrámos (apesar de não o dizermos) sentimo-nos terrivelmente mal, feios por fora e por dentro, desapontados, desarmados e completamente impotentes. porque é o nosso lado lunar, parte da nossa essência do nosso ser. que pensamos que controlamos mas não controlamos, e se demonstra nas piores alturas.
não é só o: por ti eu quero ser melhor, não é só em relação a uma pessoa objectiva. pode ser em relação à nossa própria família ou grupo de amigos. não é só o facto de esperarem algo mais de nós do que estamos dispostos a dar, é sim, nós querermos ser mais e melhores do que aquilo que realmente sentimos que somos. porque cremos que o que somos não é suficiente, porque vemos nos outros os defeitos que são nossos, e por isso não os achamos perfeitos. e é frustrante, pois é com as pessoas que nós mais amámos que os nossos defeitos tendem a se demonstrar. não és tu que consegues ver além de mim, são as imperfeições que faço por reservar que aparecem ao baixar as minhas defesas quando estou contigo. é que as nossas máculas demonstram-se porque nos sentimos mais à vontade. à vontade para sermos nós próprios. ou talvez possa ser visto de outro modo, o defeitos aparecem porque sentimos que não precisamos de fazer por sermos melhores.
é difícil, aceitarmos os outros como eles são, aceitarmo-nos a nós. e ser coerentes mesmo assim. e não ser injustos, ilógicos, inconsequentes. afinal, comparamo-nos aos outros para medir a soma do que somos. olhar-te atentamente é observar-me ao espelho, antes do cuidado matinal, antes de colocar a máscara para subir ao palco diário e fazer parte da peça fictícia que é a realidade.

por r_ogeri_o m.f. & pelo phoebus quo meum cras” em dias de julho no oitavo ano do terceiro milénio.

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