- sabes aquela sensação, de estares na berma de um abismo, e tudo em ti anseia a queda, o acto de te sentires completamente livre de todo o resguardar do teu ser, e poderes brotar de dentro de ti árias de poesia como um louco, sem preocupações das consequências de dizeres: “Eu Amo-te!” mas o uso da palavra vezes e vezes sem conta, como algo tão banal como bons-dias fabris, faz-me pensar se deveras isto é Amor!? bom-dia catarina, bom-dia daniela, bom-dia francisca, bom-dia juliana, mas isto não é amor. e tudo o que vos digo são bons-dias, desprovidos da sensação de me sentir levitar na tua presença. não vejo alturas de edifícios onde declamar o meu afecto, não vejo montanhas moverem-se a um pedido teu. não encontro sentido no sentir te amar, não guardo um sorriso matinal só para ti.
- ouço-os dizer, que é uma barreira que criei, que se não arriscar também não sofrerei os efeitos do sentimento não mútuo. mas é mentira. eu quero saltar, eu quero aquele impulso que me faz voar, só que tudo o que os vejo viver como referência, são vidas, que não a que quero para mim. foi-me dito que não amo facilmente, que estou à procura de um ideal que não tem como ter existência pois o elevei em demasia. mas é mentira. Eu Amo, Eu Amo até demais. numa dependência imensa. dou por mim, a cada instante, com saudade de todos os pequenos encantos, de todas as expressões que compõem o seu rosto. Eu Amo, Eu Amo até demais, mas...
This entry was posted
at sábado, junho 07, 2008
and is filed under
todos os posts
. You can follow any responses to this entry through the
.
