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Posted by rogério in

a mudança de um blog para o outro, trouxe de uma acentada todos os postes escritos nos últimos meses.. (retirei as datas para não ser muito maçador):


qual seria a nossa reacção, depois de dar uma vista-de-olhos, por cima do limiar do firmamento?! Vou-te dizer uma coisa,, não te importas de morrer quando já conferiste o outro lado,, mas depois qual seria o valor da vida?!

enlevada no assombramento da paixão, suspirou que se casaria apenas comigo,. mas o que as mulheres declamam aos seus amantes, creio que estamos todos de acordo,, flúi-se em águas correntes, brisas de vento, “e em segundos no tempo”;)

o que acontece quanto uma força imparável vai contra um objecto imovível?
eu até sei a resposta a isto, mas sejamos honestos, o que é que isso interessa?! e se fossemos antes à praia passear o cão à beira-mar..

hoje tive um encontro de pelo menos 5º grau. não percebi muito bem o que aconteceu, eu sorri ela sorriu, quando dei por mim estávamos timidamente cúmplices.. a Inês não haveria de gostar, por isso tomei um banho em chuveiro frio antes que criasse raízes.. (fogo incipiente apaga-se com pouca água).

não é interessante que se diga que quem não arrisca não petisca, mas quando sou eu a escolher o caminho da menor resistência, acabo sempre num campo minado..
(isto não tem bem três linhas..)

crenças? humm faço por lhes resistir, não pelo ateísmo ou agnosticismo, e espero mesmo que o dia chegue e me prove errado, pois que assim sairia vencedor, mas pela constante incompreensão deste porquê que me rodeia..

qual é a pessoa com que nos comparámos para medir a soma da nossa existência? se persiste algo que a vida me ensinou é que quase toda a plenitude das pessoas estão erradas de uma forma ou de outra, logo parece que estou por minha conta..

é preciso ser-se louco para se estar apaixonado, e loucura é um privilégio que me acompanha diariamente. só a loucura permitiu o beijo que foi o fim da vida como a conhecia, essa transmissão de intenções sem proferir palavras, fez de mim um louco sem domínio algum de como me fazes sentir.

é interessante como ao te observar parece que a tua natureza se altera, ‘quod erat demonstrandum’, ou talvez como eu gostaria de te ver.. à quem lhe chame o princípio da incerteza, eu vejo um simples resultado da contemplação de um ser por outro, dois elementos numa mesma entidade.

onde está a poesia? gosto de fazer de conta que escrevo sem demonstrar algo de mim, que a inspiração vem de uma musa que me é exterior,, será essa a razão de sentir que não compreendem? Será que realmente não me coloquei por palavras?...

hoje as equações não fazem sentido, acordei do lado errado e sem sono nenhum, o corredor não deu acesso à entrada, saí para a universidade e acabei na biblioteca, chamei à atenção um professor e ele deu-me ouvidos (fiquei sem palavras).

conheci o amor da minha vida,, esse amor apaixonou-se por outrem.. pensei que ia morrer e não morri, e como não morri disse cá para mim: “e é só isto que é o amor?”

e cá ando eu, neste universo que provavelmente persegue a própria cauda, plenamente ciente da própria e iminente extinção.. dou por mim a apaixonar-me, por razões que não sou suficientemente lúcido para as perceber..

não se usa uma arma em alguém que te desafia para um duelo de espadas. moral da história? - já viste bem a cambada de cobardolas que existem por aí?

mais de três linhas
após algum tempo eu aprendi a ser um pouco mais parecido com as outras pessoas.. e a adaptar-me um pouco.. e sabes que mais? não foi assim tão mau. - é bom ser igual aos outros todos?
- creio que o que é importante agora, é que se aprenda o máximo possível para se conseguir responder a essa pergunta, e pelo menos deixar de sentir o sabor às cores.

este decididamente mereceu mais de três linhas.
eu tenho todos os argumentos contra o trazer uma nova vida a este mundo cruel, é uma injustiça para essa criança, uma atitude plenamente egoísta, de dois seres com as prioridades existenciais completamente nulas,,.. mas como se pode argumentar com a lógica de amar alguém que já cá está?

sabes quando numa história tu te revês numa personagem?, take a wild guess which one I’m I! hehe, nem precisa de três linhas.

sabes aquele momento em que te apercebes que não és a pessoa mais importante do mundo? é uma sensação de angústia, pela liberdade de já não ser, quem tem de trazer a paz ao mundo..

para se ultrapassar o desconhecido, a primeira coisa a vencer é o próprio assombramento.. e é assim.. conquistei o amanhã, deliciei-me no néctar da felicidade, na força imparável da conquista que aconteceu.

como se tem a certeza se se ama alguém?.. ..certeza é para pessoas que não amam o suficiente. a vida é um lírio a desafiar-nos a amar.. (ok aquela segunda garrafa de álcool malogrado já foi demais)..

quando é que vou achar que já vivi? quando finalmente me aperceber que estava incompleto e agora sou um todo. será amar alguém? será amar-me a mim?.. humm I’ll get there..

nos lúcidos momentos do respirar, o que vejo é um mundo dirigido pelos execráveis mingados, e sabes que mais?! a casta laia parece apreciar esta existência. então porque hei-de eu lutar contra isso? porque hei-de eu morrer por eles?!
- porque, na condição que habitam, eles não sabem melhor. cabe-nos mostrar-lhes a luz, o outro caminho..
- cabe-nos mostrar-lhes, ou fazê-los segui-lo?!..
(silêncio.. e mais silêncio, acaba sempre assim.. no dia em que me deres uma resposta, embarcarei por eles na viajem dos perecidos.).

tens de te decidir, a ser um ensombrado da escuridão ou um servidor da luz, encarnado na forma humana, caminhante do delírio sensível do existir.

natureza humana – o chamar a atenção a um pai pelo modo cruel como trata um filho, só exacerbe o acto da maldade quando no momento da reclusão..

dizer que nada que siga o caminho oposto ao da lei pode ser moral, é comentário de ovelha , carneirinho, mé mé, que lá vai carreiro acima, e não tem sequer existência..
E MAIS, qualquer governo com uma lei injusta, não é governo ou lei de todo. o que significa que eu tenho o direito e mesmo o dever de resistir,, "com violência ou desobediência civil"... - deveriam dar graças por eu ter escolhido a última.”
quem decide se uma lei é injusta? tas a gozar comigo? que r*** de pergunta é essa..

em questões de ciência, a análise de mil não valem a razão de um único indivíduo.. acho que alguém a dada altura já disse algo semelhante..

quantas são as vezes que as coisas não aconteceram porque não era a circunstância necessária ao envolto do suspirar um mesmo sorriso..

quando duas pessoas admitem que estão atraídas uma pela outra, deixam de estar em controlo, e a relação tem de acontecer, ou as forças cósmicas que regem o existir entrarão em colapso.

uma vez comprometido só sais com outros casais. porquê? – porque ninguém solteiro suporta estar perto de vós. estou a falar a sério, não se tem paciência nenhuma para casais..

sempre me fascinou como é que as pessoas passam de amar loucamente, para, não sentir absolutamente nada. e aqui está, outra historia de amor que fracassou, onde tu amaste os seus espirros mais do que os beijos de qualquer um.

e como é difícil, não ver mais, alguém que se ama. é a constante profunda tristeza, a dolorosa sufocante mágoa, o desalento final na dor do esquecimento possível, daquele tão terno ser.

a maior parte das pessoas não merecem que se lhes dê muita paciência para resolver situações complexas, o melhor modo, é mesmo, começar a remover elementos da equação..

impor respeito | adquirir respeito | ansiar por respeito - quando passares a transcendência da aparência, vais encontrar o único respeito que interessa: o auto-respeito.

como posso voltar a caminhar contigo depois de tudo o que vi?! preciso de sentir!, de compreender porque tudo aconteceu.. e caio na esperança de encontrar uma razão que me liberte da amargura. perdoa-me.

vim para te guiar, nada mais. mesmo sem saberes a verdade, tens todas as peças do puzzle necessárias a completar o labirinto que é a forma humana.

selaste o teu destino. – frase fantástica, “selar” o destino, como quem diz: está escrito colocado num envelope e no correio a caminho num rumo já endereçado.

a arte de julgar os outros – quem pode dizer sinceramente que já ganhou esse direito? quem já está aqui à tempo suficiente para conceber a consciência moral?
(antes do cessar dos tempos, ainda me hei-de debruçar sobre este conteúdo).

o meu destino decidirá a vontade dos homens. ao meu esmorecer, surgirá a rendição ao medo, o temor à esperança, o exílio à confrontação, o cessar do suspiro humano.

como pode ser julgado o acto da maldade, quando o mundo está rodeado de trevas, onde nem a luz consegue ver o que aqui acontece. quem devo eu culpar e proferir sentença?!..

This entry was posted at terça-feira, março 25, 2008 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the .

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